Saúde: Casal quer explicações do Hospital Amadora-Sintra

Cirurgia ao ovário dá intestino furado

Ermelinda Alves, 48 anos, deu entrada no Hospital Fernando Fonseca, na Amadora, para lhe ser retirado um ovário, mas a cirurgia acabou por não correr bem e foram-lhe retirados também vinte centímetros do intestino delgado. A doente aguarda explicações da parte do médico que a operou e do hospital sobre as consequência para a sua saúde, considerando ter sido "vítima de negligência médica".

Em casa, na Amadora, junto do marido, Albano Alves, conta que foi operada a 11 de Março com a previsão de que teria alta no dia seguinte. Contudo, explica, o regresso a casa só ocorreu no dia 18. "Penso que não fui informada o suficiente sobre o que me aconteceu."

"O médico aconselhou-me a ser operada com recurso a uma sonda para me se retirado o ovário direito por ter um tumor", conta. "Nunca pensei que esse tipo de operação me podia furar os intestinos. Se assim fosse, não teria consentido o recurso à sonda", acrescenta.

Ainda internada, pediu uma explicação ao médico. "O que o médico me explicou é que eu assinei os papéis para assumir a responsabilidade sobre eventuais consequências da operação e por isso eu tinha consciência dos riscos", acrescenta Ermelinda Alves.

Ao seu lado, o marido garante que Ermelinda "não possuía qualquer informação sobre a eventual perda de parte do intestino". "A forma como tudo aconteceu é lamentável. Aquando da operação, nunca fui esclarecido da negligência que fora cometida", acrescenta Albano.

Na consulta para retirar os pontos, dez dias após a alta clínica, Ermelinda Alves aguardava que lhe fosse então prestada uma informação por parte do hospital, mas tal não aconteceu.

"Apenas foi atendida por uma enfermeira", refere ainda o marido.

Confrontada pelo Correio da Manhã, no final do mês de Março, sobre a alegada negligência médica, a administração do Hospital Fernando Fonseca não prestou quaisquer esclarecimentos.

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